Rio de Janeiro, 22 de Dezembro de 2024

EUA: manifestantes voltam às ruas de Ferguson

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Terça, 11 de Agosto de 2015 às 06:50, por: CdB
Por Redação, com agências internacionais - de Ferguson: A tropa de choque da polícia entrou em confronto no início desta terça-feira com manifestantes nas ruas de Ferguson, no Estado norte-aericano de Missouri, marcando a data da morte a tiros de um jovem negro por policiais, ato que provocou um clamor nacional sobre as tensas relações raciais no país.
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A polícia, com escudos, foi de encontro à multidão de manifestantes
  Cerca de 200 manifestantes, alguns com bandeiras, tambores e gritando contra a polícia, marcharam juntos por uma rua que foi o destaque de tumultos no ano passado, após o policial branco Darren Wilson matar Michael Brown, de 18 anos. A polícia, com escudos, foi de encontro à multidão de manifestantes cerca da meia-noite, fazendo com que muitos gritassem e fugissem. Vinte e três pessoas foram presas, algumas por jogarem garrafas com água congelada e pedras nos policiais, de acordo com o Departamento de Polícia do Condado de Saint Louis. Estado de emergência Na segunda-feira, autoridades declararam estado de emergência em Ferguson, no estado americano do Missouri. Trata-se de uma tentativa de conter a violência que emergiu durante manifestações na noite anterior, em memória de Michael Brown, jovem negro morto há um ano por um policial branco. O estado de emergência foi declarado no subúrbio de St. Louis e nas áreas ao redor em meio a relações tensas entre moradores e a polícia. Neste domingo, policiais atiraram e feriram gravemente um jovem de 18 anos num tiroteio que encerrou um dia de manifestações pacíficas. O jovem, Tyrone Harris, foi acusado pela Promotoria de atirar contra um veículo e impedir a aplicação da lei. O chefe do Condado de St. Louis disse ter declarado estado de emergência após o tumulto da noite anterior e devido aos "potenciais danos a pessoas e propriedades". "Os recentes atos de violência não vão ser tolerados numa comunidade que lutou incansavelmente durante o último ano para se tornar mais forte", disse. Na segunda-feira, ativistas convocaram um dia de desobediência civil no Missouri, e cerca de 50 manifestantes foram detidos após escalarem uma barricada fora do tribunal do condado durante um protesto pacífico. Grupos de direitos humanos saíram às ruas gritando "Vidas negras importam". Ao longo de domingo, várias passeatas pacíficas e minutos de silêncio marcaram o primeiro aniversário da morte de Brown. Durante uma das últimas homenagens, dois grupos teriam começado a atirar um contra o outro, até que um atirador disparou num estacionamento e foi confrontado por quatro policiais. Segundo a polícia, o suspeito, Harris, disparou, então, contra a viatura e foi gravemente ferido durante a perseguição e troca de tiros. Os atiradores "eram criminosos; não eram manifestantes", disse Jon Belmar, chefe de polícia do Condado de St. Louis. O pai de Harris, que está no hospital em estado grave, disse que ele não portava uma arma e que estava correndo pela própria vida. Desde a morte de Brown, no dia 9 de agosto de 2014, os protestos contra a discriminação policial contra os negros se estenderam da pequena Ferguson para mais de 170 cidades de todo o país, com especial intensidade em Nova York, Washington e Los Angeles. Brown levou vários tiros de um policial branco quando estava desarmado. Um grande júri decidiu, no entanto, que não havia provas suficientes para condenar o policial. Família de Michael Brown vai processar Ferguson A família de Michael Brown, o jovem de 18 anos morto por um policial branco no ano passado em Ferguson, decidiu abrir um processo contra a cidade pela morte por negligência. A informação foi confirmada pelos advogados da família Brown durante uma coletiva de imprensa nesta quinta-feira, 23. De acordo com um dos advogados, Lesley McSpadden, citado pela mídia local, o pedido irá mencionar o oficial Darren Wilson, que atirou no jovem.
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