Em sessão volátil, dólar sobe em relação ao real

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Publicado Terça, 29 de Setembro de 2015 às 08:33, por: CdB
Por Redação, com Reuters - de São Paulo: O dólar tinha mais um dia de volatilidade nesta terça-feira, anulando a queda vista mais cedo e chegando a subir 1% sobre o real em menos de duas horas, com investidores não se convencendo das intervenções realizadas pelo Banco Central nesta sessão e tentando pressionar a autoridade monetária a atuar no mercado à vista. Às 10:46, o dólar avançava 0,72%, a R$ 4,1392 na venda. Na sessão passada, subiu 3,37%, maior alta em quatro anos. Na mínima deste pregão, o dólar chegou a cair 0,86%, a R$ 4,0741, e na máxima, subiu 1,11%, a R$ 4,1551.
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O Banco Central vendeu nesta manhã a oferta total de até 20 mil novos swaps cambiais
- Parece que o mercado de câmbio brasileiro não está aceitando mais do mesmo em relação aos leilões do BC e testa a autoridade monetária para algo mais vigoroso - escreveu o operador da corretora Correparti Jefferson Luiz Rugik em nota a clientes. O BC vendeu nesta manhã a oferta total de até 20 mil novos swaps cambiais, que equivalem a venda futura de dólares e realizou leilão de venda de até US$ 2 bilhões com compromisso de recompra. Além disso, fará aquele que deve ser o último dos leilões de swaps para rolagem do lote que vence em outubro, com oferta de até 9,45 mil contratos. O BC e o Tesouro Nacional têm atuado em conjunto nos últimos dias para conter a intensa volatilidade que vem assolando os mercados locais. Preocupações com a possibilidade de o Brasil perder seu selo de bom pagador por outras agências de classificação de risco além da Standard & Poor's e com a instabilidade política no país vêm pressionando o humor. Na semana passada, o presidente do BC, Alexandre Tombini, afirmou que "todos os instrumentos estão à disposição do BC", mas até agora a autoridade monetária não atuou no mercado à vista usando as reservas internacionais. Segundo operadores, alguns agentes financeiros elevavam o dólar para tentar pressionar o BC a vender dólares no mercado à vista. - É um cabo de guerra. Ou o mercado se cansa de bater ou o BC desiste de proteger as reservas - resumiu o gestor de um banco internacional, sob condição de anonimato. No campo externo, a perspectiva de altas de juros nos Estados Unidos ainda neste ano e com a desaceleração do crescimento econômico da China também vêm corroborando o avanço da moeda norte-americana.
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