A Missão de Assistência da ONU para o Iraque e o escritório de direitos humanos da ONU estimam que 3,5 mil pessoas são "atualmente mantidas sob escravidão"
Por Redação, com Reuters - de Genebra/Beirute/Ancara:
Cerca de 3,5 mil pessoas, principalmente mulheres e crianças, são supostamente mantidas como escravas no Iraque por militantes do Estado Islâmico que impõem um regime rigoroso marcado por cruéis execuções públicas, disse a Organização das Nações Unidas (ONU) nesta terça-feira.
O grupo militante, que também controla grandes partes da vizinha Síria, tem cometido abusos de forma disseminada que podem "em alguns casos representar crimes de guerra, crimes contra a humanidade e possivelmente genocídio", segundo o levantamento da ONU.
A Missão de Assistência da ONU para o Iraque e o escritório de direitos humanos da ONU estimam que 3,5 mil pessoas são "atualmente mantidas sob escravidão" por membros do Estado Islâmico.
– Aqueles que estão detidos são predominantemente mulheres e crianças, e vêm principalmente da comunidade Yazidi, mas alguns são também de outras comunidades étnicas e religiosas minoritárias – disse o relatório conjunto divulgado em Genebra.
Confronto
O grupo de monitoramento Observatório Sírio para os Direitos Humanos disse que vários membros das forças de segurança do governo sírio foram mortos em três dias de confronto com o Estado Islâmico no leste do país, onde os jihadistas têm atacado áreas controladas pelo governo.
Autoridades sírias não puderam ser contactadas para comentar a respeito.
O Observatório, com sede na Grã-Bretanha, disse que 120 homens das forças sírias e 70 combatentes do Estado Islâmico foram mortos em confrontos desde sábado.
A agência de notícias oficial da Síria, a Sana, disse na segunda-feira que as forças do governo tinham recapturado áreas residenciais ocupadas pelo Estado Islâmico em Begayliya, perto da cidade de Deir al Zor, e matado vários militantes.
Foguete disparado
Uma funcionária de uma escola foi morta e uma estudante ficou ferida na segunda-feira quando um foguete supostamente disparado da Síria atingiu uma escola no sudeste da Turquia, informou o governo local.
Radares do Exército turco mostraram disparos feitos a partir da província fronteiriça de Kilis a partir de postos avançados do Estado Islâmico na Síria, disseram à agência inglesa de notícias Reuters fontes militares em operação na área, acrescentando que o Exército retaliou “da mesma forma”.
A estudante ferida foi levada para uma cirurgia. Outros dois foguetes, também supostamente disparados da Síria, aterrissaram em um terreno vazio próximo à escola, disse o gabinete do governador.
Vídeos exibidos no site do jornal Hurriyet mostraram o que parecia ser um corpo deitado ao lado da porta da escola na cidade de Kilis, capital da província de mesmo nome. Em choque, mulheres e crianças eram escoltados para fora do prédio.
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