Rio de Janeiro, 13 de Dezembro de 2025

EI insiste que abateu avião russo no Egito

Em uma mensagem de áudio nesta quarta-feira, a ramificação egípcia do Estado Islâmico rejeitou as dúvidas de que derrubou um avião de passageiros russo na Península do Sinai, matando todos a bordo, e disse que vai contar ao mundo como realizou o ato no momento que considerar adequado.

Quarta, 04 de Novembro de 2015 às 09:25, por: CdB
Por Redação, com Reuters - do Cairo: Em uma mensagem de áudio nesta quarta-feira, a ramificação egípcia do Estado Islâmico rejeitou  as dúvidas de que derrubou um avião de passageiros russo na Península do Sinai, matando todos a bordo, e disse que vai contar ao mundo como realizou o ato no momento que considerar adequado. O Airbus A321M operado por uma empresa russa caiu no sábado pouco após decolar do balneário de Sharm Al-Sheikh, no Mar Vermelho, a caminho de São Petersburgo, matando todas as 224 pessoas a bordo.
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Destroços de avião de companhia aérea russa no norte do Egito
O grupo egípcio Província de Sinai, leal ao Estado Islâmico, afirmou em nota no mesmo dia que havia derrubado a aeronave "em resposta a ataques aéreos russos que mataram milhares de muçulmanos em solo sírio". A reivindicação foi rejeita por autoridades russas e egípcias. Especialistas de segurança e investigadores disseram que é pouco provável que o avião tenha sido atingido por fora, e militantes sediados no Sinai provavelmente não possuem tecnologia para atingir um jato que estava a uma altitude de 30 mil pés. Autoridades russas, no entanto, disseram que o avião provavelmente partiu no ar, deixando aberta a possibilidade de algum tipo de explosão a bordo. Em uma mensagem de áudio postada em uma conta do Twitter usada pelo grupo, a célula egípcia do Estado Islâmico insistiu que estava por trás do acidente. A reivindicação não pôde ser imediatamente autenticada. – Dizemos para os que negam ou possuem dúvidas: morram de suas frustrações. Nós, com a graça de Deus, somos quem derrubou, e não somos obrigados a divulgar o mecanismo usado – informou um porta-voz. – Vão para os destroços, procurem, peguem as caixas-pretas e analisem, nos deem o resumo das pesquisas e o produto de suas especialidades e provem que nós não derrubamos ou como o avião caiu – disse em árabe. Aeronave russa O Ministério de Aviação Civil do Egito informou na terça-feira que não havia fatos para fundamentar afirmações feitas por autoridades russas de que uma aeronave russa que caiu no último sábado na Península do Sinai, no Egito, se partiu no ar. O porta-voz Mohamed Rahmi confirmou que não houve pedido de socorro antes da queda, que deixou espalhados por mais de 3 quilômetros os destroços do Metrojet Airbus 321, que levava turistas russos do resort de Sharm el-Sheikh, no Mar Vermelho na região do Sinai, de volta para São Petersburgo. – Não foram gravadas comunicações do piloto pedindo qualquer coisa no centro de navegação – disse à agência inglesa de notícias Reuters. Rahmi disse que a equipe de investigação, liderada pelo Egito e auxiliada por especialistas da Rússia, da fabricante Airbus e da Irlanda, onde o avião está registrado, retornou ao local do acidente na manhã de terça-feira. Assim que as investigações no local forem finalizadas, provavelmente mais tarde nesta terça-feira, os especialistas irão focar na análise de conteúdo dos gravadores da caixa preta, disse Rahmi. Fontes no comitê de investigação disseram que os gravadores estão em boas condições e devem conter evidências. Rahmi disse que ainda não há provas de que o avião se partiu durante o voo. "Este pode ser um longo processo e não podemos falar sobre os resultados enquanto continuamos", disse. No entanto, o não recebimento de um pedido de socorro e o fato de os destroços estarem espalhados por uma grande área, sugerem para muitos especialistas uma queda abrupta. Teorias variam de um ataque a míssil, ou uma bomba a bordo, ou falhas estruturais. Um grupo militante egípcio sediado no Sinai e aliado ao Estado Islâmico reivindicou responsabilidade no sábado pela queda do avião, afirmando que derrubou a aeronave em resposta à intervenção militar russa na Síria em apoio ao presidente Bashar Al-Assad contra rebeldes, incluindo os do Estado Islâmico.    
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