Dólar sobe ante o real

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Publicado Terça, 31 de Maio de 2016 às 09:47, por: CdB

Às 10:08, o dólar avançava 0,35%, a R$ 3,5905 na venda, após cair 0,92% na sessão passada

Por Redação, com Reuters - de São Paulo:
O dólar avançava frente ao real nesta terça-feira, após a baixa de mais um ministro do governo interino de Michel Temer alimentar nos investidores temores de que não haja clima político para aprovar medidas econômicas no Congresso. Pesava ainda a briga pela formação da Ptax, que pode trazer mais volatilidade ao pregão.
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O Banco Central (BC) ofertará nesta tarde até US$ 4,7 bilhões com compromisso de recompra
Às 10:08, o dólar avançava 0,35%, a R$ 3,5905 na venda, após cair 0,92% na sessão passada. O dólar futuro avançava cerca de 0,5%. - É o segundo ministro que cai em um período curtíssimo de tempo. Isso não é boa notícia para a credibilidade do governo - disse o operador da corretora B&T Marcos Trabbold. Na noite passada, Fabiano Silveira pediu demissão do seu cargo no Ministério da Transparência, Fiscalização e Controle após o vazamento de declarações dele criticando a operação Lava Jato, que investiga esquema de corrupção centrado na Petrobras envolvendo políticos e empresários de alto escalão. Na semana passada, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) também teve de deixar o comando do Ministério do Planejamento por motivos parecidos. Operadores temem que o clima de instabilidade política possa dificultar a campanha do governo por apoio a medidas de austeridade fiscal no Congresso Nacional, que muitos entendem ser a chave para a recuperação da economia brasileira. Nesta sessão, o movimento do câmbio era influenciado ainda pela proximidade da formação da Ptax de maio, pouco depois das 12:00. A taxa calculada pelo Banco Central serve de referência para série de contratos cambiais e operadores costumam disputar para deslocá-la a patamares mais favoráveis a suas posições. Três operadores de grandes bancos nacionais e internacionais consultados pela Reuters afirmaram que, nesta manhã, a pressão de baixa sobre a moeda norte-americana era mais forte do que a de alta na disputa pela formação da taxa. O BC ofertará nesta tarde até US$ 4,7 bilhões com compromisso de recompra. O impacto do anúncio era pequeno nos negócios, já que a operação tem como fim rolar contratos já existentes. O BC não atuou no mercado nas sete sessões anteriores. Antes disso, vinha agindo principalmente por meio de swaps cambiais reversos, que equivalem a compra futura de dólares, especialmente quando a moeda norte-americana recuava abaixo de R$ 3,50.
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