Dólar continua subindo e bate novo recorde

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Publicado Quinta, 24 de Setembro de 2015 às 07:42, por: CdB
Por Redação, com ABr - de Brasília: O dólar continua a subir e bater recorde na manhã desta quinta-feira. Às 9h29, o dólar comercial estava cotado a R$ 4,2134. Ontem, a moeda fechou com forte alta, vendida a R$ 4,146, com alta de R$ 0,092 (2,28%). O dólar subiu mesmo com intervenções do BC no mercado de câmbio. Na quarta-feira, o BC fez leilões de venda de dólares das reservas internacionais com compromisso de recompra futura e de novos contratos de swap (operação equivalente à venda de dólares no mercado futuro), que não era realizado desde abril.
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A moeda norte-americana subiu mesmo com intervenções do Banco Central no mercado de câmbio
O BC vinha realizado apenas operação de rolagem (renovação) de swaps cambiais. Além de fazer os leilões, na quarta-feira, o BC anunciou um leilão de swap cambial para esta quinta-feira. Recessão deve compensar impacto da alta do dólar nos preços A recessão econômica deve compensar o impacto da alta do dólar nos preços, segundo avaliação do Banco Central (BC), divulgada no Relatório de Inflação,nesta quinta-feira. Segundo o BC, "o cenário recessivo da atividade econômica deve contribuir para a redução da trajetória da inflação de preços livres no restante deste ano, mais que compensando o impacto dos choques cambiais". O BC também cita como fatores de compensação as perspectivas mais fracas para a economia em 2016, o atual nível de estoques de produtos e o melhoras nos preços de commodities (produtos primários com cotação internacional) e a taxa básica de juros, a Selic, elevada por sete vezes seguidas. O dólar está em alta nos últimos dias. A moeda mais cara afeta a inflação porque torna produtos importados mais caros. Mas o BC avalia que – com a economia em queda – esse repasse do câmbio para a inflação deve ser menor. Ontem, o dólar comercial fechou o dia cotado em patamar recorde de R$ 4,146. No relatório, o BC também avalia que, “depois de um período necessário de ajustes, que pode ser mais intenso e mais longo que o antecipado, o ritmo de atividade tende a se intensificar”. Para que isso aconteça, o BC destaca que é preciso melhorar a confiança das empresas e famílias. O BC também considera que, no médio prazo, o consumo tende a crescer em ritmo menos intenso e os investimentos devem ganhar impulso. No cenário externo, o BC avalia que o crescimento da economia global, mesmo moderado, combinado com a alta do dólar, deve levar ao reequilíbrio das contas externas e ao crescimento sustentável da economia brasileira. O BC também destaca que, “em prazos mais longos, emergem perspectivas mais favoráveis à competitividade da indústria e da agropecuária”. O setor de serviços, por sua vez, "tende a crescer a taxas menores do que as registradas em anos recentes”, avalia o BC.
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