Rio de Janeiro, 22 de Novembro de 2024

Dólar cai ante real com BC do Japão

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Sexta, 29 de Janeiro de 2016 às 09:13, por: CdB

Às 10:24, o dólar recuava 0,33%, a R$ 4,0665 na venda, após cair 0,14 na véspera

Por Redação, com Reuters - de São Paulo: O dólar recuava em relação ao real nesta sexta-feira, reagindo ao corte de juros no Japão e ao leilão de venda de dólares com compromisso de recompra anunciado pelo Banco Central para esta tarde, mas investidores continuavam apreensivos em relação à política econômica do governo brasileiro. Às 10:24, o dólar recuava 0,33%, a R$ 4,0665 na venda, após cair 0,14 na véspera. Nos mercados externos, moedas emergentes reagiam positivamente à surpreendente decisão do banco central japonês de adotar juros negativos. A medida reduz o custo de operações conhecidas como "carry trade", quando operadores captam recursos no exterior e os reinvestem em ativos que pagam juros altos.
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O dólar chegou a subir nesta manhã, atingindo R$ 4,0965 na máxima da sessão
- A decisão do BC do Japão está ajudando os ativos emergentes em geral, o que se traduz em algum suporte ao real - disse o estrategista-chefe do Banco Mizuho, Luciano Rostagno, citando também o avanço dos preços do petróleo. No cenário local, o BC brasileiro anunciou após o fechamento da sessão passada leilão de linha de até US$ 1,8 bilhão para esta tarde. A operação tem como fim a rolagem de contratos que vencem em fevereiro, segundo a assessoria do BC. Mesmo assim, operadores continuavam apreensivos com o cenário local, especialmente após a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) alimentar apostas de que os juros básicos podem não subir neste ano. O dólar chegou a subir nesta manhã, atingindo R$ 4,0965 na máxima da sessão. O J.P.Morgan elevou sua previsão para o câmbio e passou a estimar que o dólar atingirá R$ 4,70 no fim de 2016, argumentando que a manutenção da Selic levou à desancoragem das expectativas de inflação. As medidas de estímulo ao crédito anunciadas na véspera somando R$ 83 bilhões também eram motivo de cautela. O anúncio vem em um momento de inflação de dois dígitos apesar da profunda recessão econômica. A consultoria de risco político Eurasia Group apontou que o anúncio aponta alguma incoerência, sugerindo que "a política econômica será cada vez mais errática conforme a presidente tenta equilibrar a necessidade de aplacar a base aliada... e a necessidade de ajuste fiscal", ecreveram em relatório. Analistas do BBVA salientaram que, embora a medida não tenha impacto fiscal imediato, pode afetar os resultados dos bancos públicos no futuro e, consequentemente, as contas públicas.
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