Rio de Janeiro, 03 de Maio de 2025

Dilma lutará até o fim, afirma Cardozo

O ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), José Eduardo Cardozo, disse na madrugada desta segunda-feira que o governo recebeu com "tristeza e indignação" a decisão tomada pela Câmara dos Deputados de autorizar o processo de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff, mas garantiu que a mandatária lutará até o fim por seu mandato.

Segunda, 18 de Abril de 2016 às 08:27, por: CdB

Cardozo afirmou que nesta segunda-feira a presidenta Dilma Rousseff falará com a imprensa

Por Redação, com Reuters - de Brasília:
O ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), José Eduardo Cardozo, disse na madrugada desta segunda-feira que o governo recebeu com "tristeza e indignação" a decisão tomada pela Câmara dos Deputados de autorizar o processo de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff, mas garantiu que a mandatária lutará até o fim por seu mandato. O ministro foi escalado pelo governo para dar declarações depois do final da sessão na Câmara dos Deputados, mas afirmou que nesta segunda-feira a própria presidenta Dilma Rousseff falará com a imprensa.
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José Eduardo Cardozo foi escalado pelo governo para dar declarações depois do final da sessão na Câmara dos Deputados
De acordo com Cardozo, o governo estuda novas ações no Supremo Tribunal Federal, dessa vez para discutir “a falta de justa causa” para o impeachment, o que será decidido no “momento oportuno”. Apesar de o governo ter perdido o mandado de segurança que impetrou na semana passada, pedindo a suspensão da votação na Câmara por ver vícios no processo, o ministro afirmou que o fato de o STF ter restringido a denúncia apenas às pedaladas fiscais foi bom para o governo. Em entrevista após a Câmara dar andamento ao processo de impedimento, Cardozo reiterou que a presidente não cometeu crimes de responsabilidade e que a tentativa de impeachment atualmente em curso é um "golpe". - A presidenta não se abaterá e nem deixará de lutar. Ela não tem apego a cargos, mas apego a princípios. Ela dedicou sua vida à luta por certos princípios, esteve presa na ditadura e não se acovardou, não fugiu da luta e luta pela democracia. Se alguém imagina que ela vá se curvar, se engana - disse. - Uma pessoa que luta por causas vai até o fim nessa luta para escrever na história que ela não se acovardou - completou. Numa votação de durou cerca de seis horas, a Câmara aprovou por 367 votos favoráveis, 137 contra e sete abstenções a admissibilidade do processo de impeachment da presidenta Dilma, que agora segue para o Senado Federal. Cardozo afirmou que o processo no Senado é diferente da Câmara, por ser um julgamento efetivo, onde será preciso respeitar o direito de defesa, o que ele alega não ter sido feito na Câmara. - Daqui para frente todos os rigores formais de defesa precisam ser respeitados e tudo precisa ser provado - afirmou.
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