Conselho da Telefônica Brasil aprova oferta pública primária de ações

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Publicado Quinta, 26 de Março de 2015 às 07:55, por: CdB
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O valor das ações ordinárias da oferta será fixado com base no preço por ação preferencial após o processo de coleta de intenções de investimento
  O Conselho de Administração da Telefônica Brasil aprovou a realização de uma oferta pública primária de ações de pelo menos R$ 15,8 bilhões que será usada em sua maior parte na operação de compra da operadora GVT. A oferta envolverá emissão de 113.049.225 ações ordinárias e 219.950.615 papéis preferenciais em lote inicial, que poderá ser acrescido de lotes adicional de suplementar a depender da demanda dos investidores. A ação preferencial encerrou a quarta-feira cotada a R$ 50,60 e a ordinária em R$ 40,97. O valor das ações ordinárias da oferta será fixado com base no preço por ação preferencial após o processo de coleta de intenções de investimento ("bookbuilding"), com desconto de 18,14 %, informou a companhia em ata sobre a reunião realizada na véspera. A empresa não citou previsão de quando a precificação poderá ocorrer e afirmou que a estimativa de R$ 15,8 bilhões inclui o desconto no preço. A operação foi aprovada pouco depois que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) deu aval para a compra da GVT pelo grupo espanhol, uma operação que pode dar espaço para a Telefónica seguir no processo de consolidação do setor no país. Fontes com conhecimento do assunto disseram à agência inglesa de notícias Reuters na véspera que a Telefônica Brasil prevê precificar a oferta de ações em 16 de abril e 14 bancos devem coordenar a operação no Brasil.   Oi propõe à Telemar A Oi propôs à Telemar Participações uma conversão voluntária de ações preferênciais em papéis ordinários como uma das alternativas para lidar com o atraso gerado na migração da companhia de telecomunicações ao segmento Novo Mercado, da BM&FBovespa.   Segundo a Oi, a relação de troca proposta é de 0,9211 ação ordinária para cada ação preferencial de emissão da Oi, mesma relação da oferta subsequente realizada pela Oi no ano passado, no processo de fusão com a Portugal Telecom. A conversão é uma das "estruturas transitórias" propostas pela administração da Oi aos acionistas da TmarPart, uma vez que antigos auditores da PT SGPS estão se recusando a permitir a inclusão de seus relatórios em pedido à Securities and Exchange Commission (SEC) de emissão de ações da TmarPart para a incorporação da Oi, conforme plano original do grupo para migrar ao Novo Mercado. Como a TmarPart não pode registrar a oferta junto ao órgão regulador dos mercados nos Estados Unidos, a empresa também não consegue seguir com o processo de incorporação da Oi para a criação da chamada CorpCo, empresa resultante do processo de fusão com a Portugal Telecom, e sua migração ao Novo Mercado com capital pulverizado, segmento de mais elevada governança corporativa da bolsa paulista. Porém, a Oi afirma em comunicado chamado "Medidas Antecipatórias para Migração ao Novo Mercado" que "não se pode assegurar que essa será a estrutura que será proposta, nem quando será confirmada ou submetida aos acionistas da Oi", em mais um ponto de incerteza a rondar a companhia que encerrou 2014 com dívida líquida de cerca de R$ 48 bilhões. O anúncio da Oi ocorreu no mesmo dia em que a Telefônica Brasil anunciou uma oferta pública primária de ações depois que o Cade aprovou a compra da GVT pelo grupo de telecomunicações espanhol. O movimento permitirá à Telefônica Brasil envolver-se em novas aquisições. Em outubro passado, a Oi, que até recentemente vinha afirmando que seria "protagonista" no processo de consolidação do mercado de telecomunicações no Brasil, havia informado que trabalhava para que a aprovação da incorporação de suas ações pela CorpCo fosse aprovada no primeiro trimestre deste ano, que se encerra na terça-feira da próxima semana. Segundo a Oi, a empresa e a TmarPart chegaram a avaliar estruturas alternativas para a incorporação que pudessem prescindir do consentimento dos antigos auditores da PT SGPS para o arquivamento na SEC, mas "estas estruturas se revelaram inviáveis", afirmou a empresa sem dar mais detalhes.  
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