Combatentes curdos iraquianos vão rumo a cidade Síria, diz autoridade
Combatentes das forças curdas iraquianas peshmerga partiram em direção à cidade síria de Kobani nesta terça-feira para ajudar companheiros curdos a lutar contra os militantes do Estado Islâmico, disse uma autoridade curda graduada.
A cidade está cercada por militantes do Estado Islâmico por mais de um mês e a batalha
Combatentes das forças curdas iraquianas peshmerga partiram em direção à cidade síria de Kobani nesta terça-feira para ajudar companheiros curdos a lutar contra os militantes do Estado Islâmico, disse uma autoridade curda graduada.
Hemin Hawrami, um representante de destaque do Partido Democrático do Curdistão, escreveu em seu Twitter que os combatentes peshmerga embarcaram no aeroporto de Arbil em direção à Turquia, de onde seguiriam via terrestres para Kobani.
Caças dos Estados Unidos têm bombardeado posições do Estado Islâmico próximos a Kobani há semanas, mas o primeiro-ministro turco, Ahmet Davutoglu, tem dito que somente os ataques aéreos não seriam suficientes para afastar os insurgentes.
A Turquia tem relutado em se juntar à coalizão liderada pelos EUA contra o Estado Islâmico, um desmembramento da Al Qaeda. Mas depois de ser pressionado por seus aliados ocidentais, o presidente Tayyip Edorgan disse na última quarta-feira que alguns combatentes peshmerga do Iraque teriam permissão para transitar pela Turquia rumo a Kobani.
A cidade está cercada por militantes do Estado Islâmico por mais de um mês e a batalha para salvá-la tem se tornado um teste para a estratégia da coalizão liderada pelos EUA para deter o avanço do grupo muçulmano sunita radical.
O Parlamento da região iraquiana do Curdistão votou na semana passada pelo envio de alguns peshmerga para a Síria, embora o porta-voz do governo curdo depois tenha dito que eles não iriam entrar em confronto direto em Kobani, mas fornecer apoio de artilharia.
Refém britânico
O grupo extremista "Estado Islâmico" (EI) divulgou nesta segunda-feira um vídeo de propaganda que simula uma reportagem. O vídeo mostra o jornalista britânico John Cantlie, que é refém dos jihadistas, aparentemente na cidade síria de Kobane. Falando à câmera, ele afirma que a localidade fronteiriça, devastada, está quase completamente nas mãos dos militantes do EI.
O jornalista, de 43 anos, diz ainda que os relatos sobre combates pesados na cidade e perdas por parte do EI são falsos. Cantlie afirma que a mídia ocidental se baseia apenas em informações de comandantes curdos e da Casa Branca, que não estariam interessados na verdade.
Os ataques aéreos dos EUA teriam apenas impedido os combatentes do EI de usar armas pesadas, diz. Assim, eles iriam ocupar Kobane por meio de guerra urbana, afirma.
O vídeo de pouco mais de 5 minutos, divulgado na Internet, parece mais profissional do que outros produzidos pelos extremistas. Ele começa mostrando imagens aéreas de Kobane, que teriam sido registradas por um drone do Exército do EI.
Não há indicação de quando o vídeo, o sexto que mostra Cantlie, foi gravado, mas ele se refere a um declaração militar dos EUA de 16 de outubro e a uma notícia veiculada pela agência britânica de notícias BBC em 17 de outubro.
Cantlie foi raptado em novembro de 2012, quando fazia a cobertura da guerra civil na Síria. Quatro reféns – dois americanos e dois britânicos – já foram executados pelo EI.
Desde 17 de outubro, a data mais antiga em que o vídeo poderia ter sido gravado, os conflitos continuaram em Kobane. Combatentes curdos vêm tentando defender a cidade dos jihadistas, apoiados por ataques da coalizão internacional liderada pelos EUA.
Nesta segunda-feira, o Comando Central dos EUA disse que ataques aéreos haviam destruído veículos do EI e um prédio ocupado pelos militantes em Kobane. Em seus últimos comunicados, oficiais americanos afirmaram que os ataques haviam "desacelerado os avanços do EI".
Também nesta segunda-feira, o porta-voz dos curdos, Idriss Nassan, disse que eles teriam conseguido barrar um ataque dos extremistas. Ao mesmo tempo, os defensores da cidade estariam aguardando reforço de forças peshmerga vindas do norte do Iraque. Cerca de 150 combatentes com novas armas fornecidas pelos EUA devem apoiar os combatentes em Kobane.
Tags:
Relacionados
Edições digital e impressa
Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.