Combate de curdos por Kobani une povo dividido por fronteiras

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Publicado Sexta, 31 de Outubro de 2014 às 09:37, por: CdB
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Comboio de veículos de combatentes curdos peshmerga é recebido por curdos da Turquia em Kiziltepe, a caminho de Kobani Membros do grupo armado Talibã do Paquistão, no noroeste do país
Enroladas em bandeiras curdas, milhares de pessoas foram às ruas para comemorar o comboio militar que se dirige à antes quase desconhecida cidade Síria de Kobani, que agora é foco de uma guerra global contra os militantes do Estado Islâmico. Combatentes curdo-iraquianos, os peshmerga, estavam a caminho para ajudar os companheiros curdos a defender Kobani, em uma batalha que tem grande significado na campanha dos Estados Unidos para “degradar e destruir” a insurgência radical islâmica. Ainda não está claro se o contigente, pequeno mas bem armado, de peshmergas será o suficiente para mudar o rumo da batalha, mas o envio de reforços é uma potencial mostra de unidade entre grupos curdos, que mais frequentemente buscam se rivalizar um com os outros. A frente unificada está sendo formada à medida que os curdos emergem como o aliado mais confiável e eficaz do Ocidente em solo tanto no Iraque quanto na Síria. Mas a preservação dessa unidade pode ser traiçoeira, dadas as concorrentes ambições de lideranças entre os mais de 30 milhões de curdos do mundo, a maioria deles sunitas, mas que tendem a se identificar mais pela etnia do que pela religião. Governos em cada um dos quatro países nos quais eles se localizam --Iraque, Síria, Turquia e Irã-- tendem a explorar as divisões internas dos curdos para afastar suas aspirações por independência. - Tudo o que queremos é que o povo curdo se una - disse Ayyoub Sheikho, de 33 anos, que fugiu de Kobani no mês passado e agora vive em uma tenda num campo de refugiados na região do Curdistão iraquiano. “Se não nos unirmos, seremos esmagados." Fuad Hussein, chefe de gabinete do presidente do Curdistão, disse que o Estado Islâmico havia “destruído as fronteiras”. - É a mesma organização terrorista que ataca (as cidades iraquianas de) Khanaqin, Jalawla, Mosul, Kirkuk e também (a cidade síria) Kobani, e criou uma solidariedade entre os curdos - disse ele à agência inglesa de notícias Reuters. O envio dos peshmergas para Kobani ilustra um grau de cooperação sem precedentes que emergiu entre grupos curdos desde que o Estado Islâmico tomou um terço do Iraque no meio do ano e proclamou um califado que vai além da fronteira com a Síria. Ataques de drones
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As incursões dos aviões teledirigidos estadunidenses sobre as regiões tribais paquistanesas fronteiriças com o Afeganistão são desnecessárias, além de ilegais e lesivas à soberania nacional, afirmou a chancelaria local. A porta-voz do Ministério de Assuntos Exteriores, Tasneem Aslam, reiterou que a posição de Islamabad a este respeito não variou e que seguem em curso as discussões com Washington para que parem os ataques das naves não tripuladas. Além de serem ilegais, os bombardeios dos drones às regiões tribais do noroeste são desnecessários porque o exército paquistanês executa ali uma operação em grande escala contra os talibãs, argumentou. A denúncia de Aslam foi seguida do ataque de um avião-robô que nesta quinta-feira matou quatro pessoas perto de Wana, cabeceira da província do Waziristão do Sul. Na própria data, o Serviço de Relações Públicas do Exército reportou que 21 talibãs e oito soldados morreram durante intensos combates nas regiões tribais do noroeste. Segundo os militares, a ofensiva contra os rebeldes decorre com sucesso ao passo que, desde seu início há quatro meses, permitiu liquidar mais de 1.100 rebeldes e diminuiu consideravelmente os ataques terroristas. Com um emprego em massa de meios aéreos e terrestres, a operação começou no dia 15 de junho, depois do fracasso do diálogo com os talibãs e o assalto, por parte destes, do aeroporto internacional de Karachi uma semana antes, que deixou 39 mortos. Por temor das ações de guerra, mais de um milhão de habitantes das regiões tribais deslocaram-se para as cidades mais importantes do território e inclusive ao vizinho Afeganistão, onde muitos têm parentes ou amigos, mas vários já estão regressando para suas casas.    
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