Chefes dos Três Poderes tentam solução para a crise institucional

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Publicado Sexta, 28 de Outubro de 2016 às 13:31, por: CdB

Após o encontro sobre a crise institucional, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) seguiu direto para o Estado. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), também não participou do almoço. Embarcou para o Azerbaijão

 

Por Redação - de Brasília

 

Os chefes dos Três Poderes reuniram-se, nesta sexta-feira, no Palácio do Itamaraty, para discutir um pacto nacional para a segurança pública. Esta foi a agenda oficial do encontro que, na realidade, visava encerrar uma grave crise institucional, velada, em curso no país. Após declinar do encontro, na véspera, a ministra Cármen Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) reconsiderou. Ela recebeu um telefonema, na noite passada, do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), em que se desculpou por chamar o juiz Vallisney de Souza Oliveira, da Vara de Brasília, de ‘juizeco’. Procurador-geral da República, Rodrigo Janot e os ministros da Justiça, Alexandre de Moraes, e da Defesa, Raul Jungmann, também compareceram.

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Cármen Lúcia, Temer e Renan conversam sobre Segurança, em meio à crise institucional

— Será um momento muito significativo, porque a reunião dos três poderes do Estado e de outros órgãos que vão pensar juntos como resolver a segurança pública do país. É um tema angustiante para todo o povo brasileiro, daí porque nós todos temos que colaborar — disse o presidente de facto, Michel Temer. Ele concedeu entrevista coletiva na noite passada.

Três Poderes

De acordo com Temer, a segurança pública seja um tema de competência dos Estados. Mas será necessário que as autoridades dos Três Poderes juntem esforços para discuti-lo. Serão marcadas também reuniões entre governadores e secretários de segurança para dar continuidade às discussões.

— Desde já eu digo que não é exatamente uma tarefa da União Federal. A União Federal tem uma parcela da segurança pública relativa às competências da Polícia Federal. A segurança pública é questão dos Estados, mas é um tema, sem dúvida alguma, angustiante para todo o povo brasileiro. Daí porque nós todos temos que colaborar. Inauguralmente com a presença dos poderes do Estado, depois com a presença dos secretários de segurança coordenados, enfim, pelos vários setores da área federal — acrescentou.

Azerbaijão

Após o encontro, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) seguiu direto para o Estado. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), também não participou do almoço. Embarcou para o Azerbaij

ão às 13h, para uma missão oficial que termina apenas no próximo dia 3.

— Acho que um ambiente de harmonia já está decretado, digamos assim. Não vi nada que pudesse agredir aquilo que a Constituição determina e que os poderes, os chefes dos Poderes, têm falado com muita frequência. Aliás, a ministra Cármen Lúcia com muita frequência invoca a ideia da harmonia e da independência dos poderes. As questões que vão surgindo, elas vão se resolvendo pouco a pouco pelos instrumentos institucionais. Como estão sendo resolvidos. Não há desarmonia nenhuma — afirmou Temer.

Protesto

Antes mesmo do encontro começar, policiais civis do Distrito Federal se concentraram em frente ao ministério. Aproveitaram a presença dos representantes dos três Poderes e reivindicar isonomia salarial com a Polícia Federal (PF. Protestaram também contra “o sucateamento da segurança pública no DF”, segundo anunciava o sindicato local. Os manifestantes se posicionaram ao redor de um boneco inflável do governador do DF, Rodrigo Rolemberg, caracterizado como o personagem Pinóquio. Em função do barulho que eles provocaram, as autoridades tiveram que mudar de sala.

Nesta semana, agentes da PF foram contemplados em um projeto de lei aprovado conclusivamente na Câmara que determina reajustes salariais para diversas categorias. O incremento salarial ainda precisa do aval do Senado para que possa ser concedido escalonadamente a partir do próximo ano.

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