Quinta, 18 de Fevereiro de 2016 às 10:04, por: CdB
O apoio da governadora a Rubio, representa uma ajuda valiosa para tentar atrair os eleitores antes da primária do próximo sábado no Estado
Por Redação, com Reuters - de Washington:
A disputa republicana pela indicação do candidato presidencial do partido se tornou uma corrida de quatro concorrentes, na quarta-feira, no tocante a quem tem a experiência ideal e é mais conservador, dias antes de os eleitores do Estado da Carolina do Sul irem às prévias partidárias.
Em entrevistas para a televisão e eventos de campanha, Donald Trump, líder nas pesquisas, ameaçou processar Ted Cruz, senador do Texas, por causa de um anúncio de TV negativo, enquanto o senador Marco Rubio, da Flórida, acusou Cruz de mentir a respeito de seu histórico, e o ex-governador da Flórida Jeb Bush questionou a experiência de Rubio para servir como presidente.
A disputa republicana pela indicação do candidato presidencial do partido se tornou uma corrida de quatro concorrentes
Em meio à troca de farpas, a governadora da Carolina do Sul, Nikki Haley, endossou Rubio como a melhor opção dos republicanos para reconquistar a Casa Branca, um golpe em Bush, que havia feito bastante lobby para conquistá-la.
O apoio da governadora a Rubio, de 44 anos, representa uma ajuda valiosa para tentar atrair os eleitores antes da primária do próximo sábado no Estado, a terceira etapa depois de Iowa e New Hampshire no processo de escolha do candidato do partido para a eleição de 8 de novembro, que elegerá o sucessor do presidente Barack Obama.
Bush teve um dia duro, sendo informado sobre o anúncio de Nikki pouco antes de um comício na cidade de Summerville durante o qual quatro membros da plateia questionaram sua estratégia de campanha e deram dicas sobre como ter mais impacto na Carolina do Sul.
A maior parte do embate entre os pré-candidatos ocorreu nas redes de televisão, já que Trump, bilionário do setor imobiliário e ex-apresentador de reality shows, de 69 anos, disparou ataques contra seus rivais em um encontro realizado pelo canal MSNBC, e Rubio e Cruz trocaram acusações em aparições consecutivas em um debate da CNN em Greenville, na Carolina do Sul.
Trump ficou furioso com um anúncio de TV da campanha de Cruz que abordou uma posição antiga do empresário a favor do aborto. Trump afirma que se tornou conservador e que agora se opõe à prática.
– Você olha um cara como Ted Cruz, ele é um cara nojento – disse Trump. "Ele não tem nenhum apoiador republicano no Senado, e ele trabalha no Senado. Pensem nisso. É difícil de acreditar".
Obama critica republicanos
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, prometeu na última terça-feira escolher um nome de valor incontestável para a Suprema Corte e repreendeu os republicanos que controlam o Senado por ameaçarem impedi-lo de preencher a vaga.
Obama disse aos senadores que tem a tarefa constitucional de indicar um novo juiz depois da morte do conservador Antonin Scalia no sábado, e os lembrou de sua obrigação constitucional de "fazer seu trabalho" e votarem pela aprovação ou rejeição de seu indicado.
O líder da maioria no Senado, Mitch McConnell, disse que o posto da mais alta instância jurídica da nação deveria permanecer desocupado até que o sucessor de Obama assuma, em janeiro, para que os eleitores opinem na seleção quando forem às urnas para a eleição presidencial de 8 de novembro.
– Acho divertido quando ouço pessoas que se dizem intérpretes rígidas da Constituição de repente verem ali toda uma série de provisões que não estão ali – disse Obama.
– A Constituição é bastante clara a respeito do que deve acontecer agora – acrescentou o presidente, ex-professor de direito constitucional, em uma coletiva de imprensa ao final da cúpula de dois dias da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean).
O indicado de Obama pode alterar o equilíbrio de poder na corte, que tinha cinco conservadores e quatro liberais antes da morte de Scalia.
O presidente disse compreender que há muito em jogo para senadores republicanos que estão sob pressão para votar contra seu indicado ao cargo vitalício, que em tese teria o voto decisivo em casos nos quais os juízes ficam divididos.
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