Publicado Segunda, 07 de Setembro de 2015 às 13:58, por: CdB
Por Redação - de Brasília:
A defesa dos ministros da Casa Civil, Aloizio Mercadante, e da Secretaria de Comunicação, Edinho Silva, ganhou aliados de peso. Após a cerimônia do 7 de Setembro, nesta segunda-feira, os ministros da Justiça, José Eduardo Cardozo, da Defesa, Jaques Wagner, e das Comunicações, Ricardo Berzoini, disseram que os dois colegas não praticaram nenhum ato ilícito em relação à arrecadação de campanhas eleitorais.
O ministro Edinho Silva recebeu o apoio incondicional do ministro da Justiça, Eduardo Cardozo
Segundo informações divulgadas pela imprensa, o ministro Teori Zavaski acatou pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para abertura de inquérito sobre os dois. Edinho Silva será investigado porque o dono da construtora UTC, Ricardo Pessoa, disse em delação premiada que fez doações para a campanha da presidenta Dilma Rousseff em troca de benefícios em contratos com a Petrobras. Edinho foi tesoureiro da campanha de reeleição da presidenta.
Cardozo foi enfático e disse que conhece os dois ministros há muitos anos e tem “convicção absoluta” da inocência deles.
– Eu tenho absoluta convicção de que Edinho foi absolutamente respeitador da lei e quaisquer afirmações em sentido oposto não condizem com a verdade. A orientação que a presidenta Dilma deu nessa campanha foi de absoluta lisura e de absoluto respeito à lei – disse Cardozo.
Mercadante também será investigado por causa da delação de Pessoa, que disse ter feito doações não contabilizadas para a campanha ao governo de São Paulo em 2010 do atual ministro da Casa Civil.
– Eu conheço o ministro Mercadante há muitos anos e sei do respeito que ele tem em relação à lei, em relação a comportamentos éticos – disse o ministro da Justiça. Para Cardoso, os dois não podem ser prejulgados e o inquérito vai apenas apurar os fatos.
Sem provas
O ministro Jaques Wagner também defendeu os colegas e disse que não pode haver julgamento precipitado. Wagner disse que não há ainda nenhuma prova contra a honestidade dos dois ministros.
– Na verdade é um processo, tem que se esclarecer tudo. Eventualmene pode ser uma mera citação e aí o procurador geral pediu autorização, o ministro Teori concedeu, simplesmente porque você também não pode inocentar sem ao menos ir olhar o que foi dito. Mas também não tem prejulgamento. Então não tem constrangimento – afirmou Cardoso.
O ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini, também lembrou que as contas de campanha da presidenta Dilma Rousseff já foram aprovadas pelo Tribunal Superior Eleitoral e disse que não há “preocupação” com a investigação sobre os dois ministros.
– Nós achamos que se as investigações são conduzidas da maneira correta, não há nada que se preocupar. As pessoas respondem pelo que fazem e pelo que fizeram. Os dois ministros são pessoas da maior credibilidade, que merecem toda a nossa consideração e respeito – disse Berzoini.
Edinho Silva também voltou a dizer que não se preocupa com a investigação e está à disposição das autoridades para qualquer esclarecimento. Questionado se pretendia se afastar do governo em razão do inquérito, ele negou e disse que “quem contrata ou demite ministro é a presidenta Dilma”.
– Eu não tiro férias em momentos difíceis. Em momentos difíceis eu trabalho mais – afirmou.
O ministro prefere aguardar o fim da investigação das investigações.
– Eu prefiro esperar. Um delator disse que eu o pressionei para fazer doação. Eu dialoguei com dezenas de empresários e ninguém ouviu isso de outros empresários. Prefiro aguardar a apuração – afirmou.
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