Rio de Janeiro, 15 de Junho de 2025

Barragem que se rompeu em MG estava regular

A Barragem do Fundão estava regular e foi inspecionada por um auditor especialista em segurança de barragens, informou nesta sexta-feira o Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Minas Gerais (Sisema).

Sexta, 06 de Novembro de 2015 às 09:34, por: CdB
Por Redação, com ABr - de Brasília: A Barragem do Fundão estava regular e foi inspecionada por um auditor especialista em segurança de barragens, informou nesta sexta-feira o Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Minas Gerais (Sisema).  Segundo o programa de auditoria de segurança de barragem da Fundação Estadual de Meio Ambiente (Feam), a Barragem do Fundão estava com estabilidade garantida pelo auditor. O último relatório foi apresentado em setembro deste ano, informou o Sisema. A Samarco teve a licença de operação concedida em 29 de outubro de 2013, com validade até 29 de outubro de 2019.
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Onda de lama e detritos, que desceu da barragem que se rompeu, atingiu parte do distrito de Bento Rodrigues, a 23 quilômetros de Mariana, em Minas Gerais
O Sisema, composto pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), Instituto Estadual de Florestas (IEF), Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) e Fundação Estadual de Meio Ambiente, informou, no entanto, que para garantir a estabilidade é necessário que a empresa se responsabilize pela manutenção contínua da segurança. “Uma das exigências da Feam é que a auditoria seja realizada por um auditor especialista em segurança de barragem, que não pertença aos quadros da empresa, no caso, a Samarco S.A.” Procurada pela Agência Brasil, a Samarco ainda não deu infomações sobre a manutenção no local. Na quinta-feira, a empresa divulgou nota informando que não era possível ainda saber as causas do rompimento e que a prioridade era o atendimento às vítimas. “A organização está mobilizando todos os esforços para priorizar o atendimento às pessoas e a mitigação de danos ao meio ambiente", diz a nota de ontem. As barragens do Fundão e de Santarém, pertencentes à empresa, romperam ontem por volta das 16h30 e inundaram a região com lama, rejeitos sólidos e água usados no processo de mineração. Barragens como as que se romperam em Minas são feitas para reter os resíduos sólidos e água dos processos de mineração. O rejeito é material que deve ser armazenado para proteção do meio ambiente. Várias casas do distrito de Bento Rodrigues, zona rural a 23 quilômetros de Mariana, foram alagadas e há riscos de desmoronamentos. Ainda não é possível confirmar as causas e a extensão do ocorrido. O Ministério Público de Minas Gerais instaurou inquérito para investigar as causas do acidente e responsabilidades no caso.
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