Rio de Janeiro, 08 de Dezembro de 2025

Ataque liderado pela Arábia Saudita deixa mortos e feridos no Iêmen

Ataques aéreos liderados pela Arábia Saudita mataram 21 civis na capital do Iêmen, Sanaa, na manhã desta segunda-feira, disseram parentes de vítimas e médicos à agência inglesa de notícias Reuters.

Segunda, 13 de Julho de 2015 às 06:46, por: CdB
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Mais de 3 mil pessoas foram mortas no confronto e ataques aéreos
  Ataques aéreos liderados pela Arábia Saudita mataram 21 civis na capital do Iêmen, Sanaa, na manhã desta segunda-feira, disseram parentes de vítimas e médicos à agência inglesa de notícias Reuters, dois dias após o início de uma trégua humanitária intermediada pela Organização das Nações Unidas (ONU), não reconhecida por Riad. - Três mísseis miraram no bairro, destruindo 15 casas, matando 21 pessoas e ferindo outras 45 - disse um morador. Uma aliança liderada pela Arábia Saudita bombardeou a milícia houthi e Forças militares leais ao governo do ex-presidente Ali Abdullah Saleh desde 26 de março, com objetivo de expulsá-los de áreas no sul e centro do país e restaurar o governo exilado. Os houthis, que são aliados ao Irã, principal rival regional de Riad, avançaram de sua fortaleza no norte há um ano, capturando a capital Sanaa em setembro, e seguiram para o sul neste ano, gerando os ataques aéreos liderados pela Arábia Saudita. Mais de 3 mil pessoas foram mortas no confronto e ataques aéreos até o momento, ampliando uma crise humanitária existente, mas os houthis e as Forças de Saleh permanecem no povoado lado ocidental do país. A ONU intermediou uma pausa no confronto na última sexta-feira para permitir a entrega de ajuda humanitária, mas a aliança liderada pela Arábia Saudita informou que não foi pedida pelo presidente exilado do Iêmen, Abd-Rabbu Mansour Hadi, para parar os ataques. Bombardeios e confrontos Bombardeios sauditas e confrontos entre duas facções rivais castigaram no último sábado duas cidades no Iêmen, disseram moradores. Os confrontos violam uma trégua humanitária acertada pela ONU e que passou a vigorar pouco antes da meia-noite, no horário local. A pausa nos conflitos duraria uma semana, para permitir que suprimentos fossem levados por aviões ao país de 21 milhões de habitantes que sofre há mais de três meses com ataques aéreos e uma guerra civil. Uma coalizão dos Estados árabes tem atacado o movimento rebelde Houthi, aliado dos iranianos, desde o fim de março, para tentar colocar de volta no poder o presidente Abd-Rabbu Mansour Hadi, que fugiu para Riad. A coalizão disse no último sábado que o governo iemenita no exílio não pediu que ela parasse de atacar, de acordo com a emissora saudita Arabiya TV. As autoridades não foram encontradas para comentar o caso. Ataques aéreos castigaram unidades militares dos Houthis na capital, Sana, e nas cidades de Taiz e Áden, onde moradores também relataram ataques de artilharia entre os combatentes e milicianos locais.    
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