O risco maior em uma infecção por zika, dengue ou chikungunya está na fêmea, que pica as pessoas buscando o sangue necessário para a maturação dos ovos
Por Redação, com ACS - de Brasília:
Agentes de vigilância sanitária, saúde e ambiental estão em várias partes do País batendo de porta em porta para falar à população sobre os riscos do Aedes aegypti e prevenção às doenças provocadas pela picada do mosquito.
Pela primeira vez, o mosquito circula em todo Brasil transmitindo, ao mesmo tempo, os vírus da dengue, chikungunya e zika. Esse último, o temido agente causador de má formação do cérebro em fetos (microcefalia).
Segundo as informações mais recentes do Ministério da Saúde, até o momento há 2.401 casos de microcefalia com 29 mortes no País, com o maior número dos casos surgidos a partir de novembro. Em condições normais, os casos de microcefalia no País não chegam a 400 por ano. Em 2014 foram 147 casos.
É caracterizado como microcefalia bebês que apresentam perímetro cefálico inferior a 32 centímetros. Abaixo desse tamanho, o cérebro não consegue se desenvolver de maneira plena, com cerca de 90% das microcefalias associadas ao retardo mental.
Pela primeira vez, o mosquito circula em todo Brasil
O risco maior em uma infecção por zika, dengue ou chikungunya está na fêmea, que pica as pessoas buscando o sangue necessário para a maturação dos ovos.
– Cada fêmea do Aedes aegypti coloca, em média, 1,5 mil ovos e esses ovos duram cerca de 400 dias – diz a agente de Vigilância Ambiental do Distrito Federal, Michelle de Brito. “E a fêmea deposita os ovos em locais que têm água ou nos quais, por instinto de preservação da espécie, poderá ter água.”
Michelle é uma das agentes que está visitando as casas para esclarecer às pessoas sobre os riscos e cuidados que devem ser adotados. O mais importante, recomenda ela, é evitar a formação de criadouros do mosquito.
Além de medidas conhecidas como não acumular água em vasos de plantas, retirar entulhos dos quintais, manter garrafas e recipientes virados para baixo, Michelle reforça outras ações.
– As pessoas têm que cuidar das calhas, limpar, retirar folhas para não deixar acumular água – diz. “Têm que prestar atenção em banheiros, cuidar dos ralos, dentro e fora de casa, observando se há água parada”.
Um risco que, segundo ela, passa despercebido são as árvores. “Algumas são ocas, possuem buracos no caule ou empoçam água juntada por raízes expostas. Nesses lugares, os ovos podem passar mais de um ano depositados esperando a água cair para eclodirem e virarem larvas”. Em 10 dias o mosquito estará formado.
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