Acordo nuclear com Irã está próximo, diz chanceler

  O Irã e seis potências mundiais chegaram perto de um acordo nesta segunda-feira para reduzir as sanções impostas a Teerã em troca de limites sobre o seu programa nuclear, mas autoridades iranianas disseram que as negociações poderiam se estender para além da meia-noite, o mais recente prazo final, se não houver um entendimento. Diplomatas da Grã-Bretanha, China, França, Alemanha, Rússia e os Estados Unidos usavam expressões sombrias quando se encontraram e o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, ficou em silêncio quando lhe perguntaram se o prazo pode ser prorrogado ou se ele descarta a possibilidade de extensão. - Não deve haver qualquer ampliação - disse o ministro das Relações Exteriores do Irã, Mohammad Javad Zarif, segundo a agência de notícias semioficial iraniana Fars. - Mas podemos continuar as negociações enquanto for necessário." Um de seus assessores também fez um comentário cauteloso. "Não posso prometer que as questões pendentes podem ser solucionadas nesta segunda ou na terça-feira. Algumas questões continuam por resolver e, até que sejam resolvidos, não podemos dizer que foi alcançado um acordo - afirmou em Viena o vice-chanceler do Irã, Abbas Araqchi, segundo a agência de notícias iraniana Tasnim. Diplomatas próximos às negociações disseram que havia planos de contingência para uma cerimônia nesta segunda-feira se os negociadores selarem um acordo, o que abriria as portas para acabar com as sanções que debilitaram a economia do Irã, em troca de, pelo menos, uma década de restrições ao seu programa nuclear. As potências ocidentais, principalmente, suspeitam que o Irã possa ter tentado usar seu programa nuclear civil como disfarce para desenvolver uma capacidade de produção de armas nucleares. O Irã diz que o programa é exclusivamente para fins pacíficos. As seis potências definiram esta segunda-feira como prazo final para um acordo com o Irã. Se elas não conseguirem alcançar um compromisso com o país até a meia-noite, elas teriam de prorrogar os termos de um acordo nuclear provisório, que já foi estendido por três vezes em duas semanas.