Antes da liberação da pesquisa, nesta manhã, a mínima havia sido registrada no trimestre até dezembro de 2013, em 6,3%. O maior patamar da série, na outra ponta, ocorreu nos intervalos finalizados em março de 2021 e setembro de 2020.
Por Redação – do Rio de Janeiro
A taxa de desemprego no Brasil voltou a recuar e atingiu o piso de 6,2%, no trimestre até outubro, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados nesta sexta-feira. Trata-se do menor patamar da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), com início em 2012.
Antes da liberação da pesquisa, nesta manhã, a mínima havia sido registrada no trimestre até dezembro de 2013, em 6,3%. O maior patamar da série, na outra ponta, ocorreu nos intervalos finalizados em março de 2021 e setembro de 2020, quando o indicador alcançou 14,9%, sob o impacto da pandemia.
— Do ponto de vista dos indicadores, eles são muito consistentes — pontuou Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE, ao comentar os números do trimestre até outubro.
Trimestre
Beringuy associou o resultado à geração de vagas de trabalho em diferentes setores da economia. O desemprego estava em 6,8% no intervalo até julho deste ano, na base de comparação.
— É uma melhoria que vem sendo sustentada trimestre após trimestre — acrescentou.
Para o período até outubro, o agentes do mercado financeiro já esperavam a mínima de 6,2%, segundo a mediana das projeções de analistas consultados pela agência norte-americana de notícias Bloomberg. O intervalo das estimativas ia de 6% a 6,4%.
Segundo o IBGE, o número de desempregados atingiu 6,8 milhões até outubro. O instituto afirmou que esse é o menor contingente desde o trimestre encerrado em dezembro de 2014 (6,6 milhões). O número era de 7,4 milhões até julho deste ano.
Recorde
O número de pessoas ocupadas com algum tipo de trabalho foi estimado em 103,6 milhões no trimestre até outubro. Isso significa que o indicador voltou a bater recorde. O contingente era de 102 milhões até julho.
Segundo o IBGE, o aumento do número de ocupados encontra-se nos mais diversos setores. O instituto destacou as variações na indústria (2,9%, ou mais 381 mil), na construção (2,4%, ou mais 183 mil) e em outros serviços (3,4%, ou mais 187 mil).
O comércio, por sua vez, teve uma expansão de 1,3%, o que representa 248 mil ocupados a mais ante julho. No grupamento que envolve a administração pública, a variação positiva foi de 1,1%, com mais 211 mil trabalhadores.
O chamado nível da ocupação subiu a 58,7%, outro recorde da pesquisa. O indicador mede o percentual de pessoas que estão trabalhando em relação à população total de 14 anos ou mais. A máxima anterior havia sido verificada na reta final de 2013 (58,5%).