Segundo o senador, trata-se dos dados de controle objetivo do grupo de satélites que monitoriza a situação na Síria de forma permanente e registra os voos de todos os meios aéreos
Por Redação, com Sputnik Brasil - de Beirute:
Os ataques contra o hospital da organização Médicos Sem Fronteiras e o hospital pediátrico na Síria foram realizados por aviões da base norte-americana, disse o Comitê dos Assuntos Internacionais do Conselho de Federação (câmara alta do parlamento russo), Igor Morozov, nesta terça-feira.
– Os dados de reconhecimento mostram que os aviões que atacaram estas infraestruturas civis partiram da base aérea dos EUA na Turquia (Incirlik), principal base da coalizão dos EUA e da Turquia – disse Morozov à RIA Novosti.
Segundo o senador, trata-se dos dados de controle objetivo do grupo de satélites que monitoriza a situação na Síria de forma permanente e registra os voos de todos os meios aéreos, inclusive drones.A MSF informou na segunda-feira que o hospital apoiado pela organização internacional Médicos Sem Fronteiras (MSF) na província de Idlib, localizado na cidade de Maaret al-Nuuman, havia sido atingido por quatro foguetes, mas não tinha pistas de quem estaria por trás do bombardeio, rapidamente atribuído à Rússia pelo primeiro-ministro turco, Ahmet Davutoglu.
Ao mesmo tempo, o embaixador sírio na Rússia, Riad Haddad, acusou os EUA de atacar o hospital.
A representante oficial do Ministério das Relações Exteriores russo, Maria Zakharova, disse em entrevista ao canal RT que apesar de os dados sobre as alegadas vítimas intencionais entre a população civil na Síria em resultado de ataques aéreos serem comunicados por entidades ocidentais e estruturas oficiais, estas não podem partilhar nenhumas provas de vítimas ou infraestruturas civis destruídas. Zakharova lembrou também um caso em que diplomatas russos foram impedidos de examinar fotografias que “provam” alegados ataques.
Armas
A Arábia Saudita pode começar a equipar a oposição síria "moderada" com armamento mais eficaz, disse o assessor do Ministério da Defesa saudita à agência russa de notícias Sputnik.
Segundo o assessor, Ahmed Asiri, a Arábia Saudita e outros países da sua coalizão apoiam os grupos moderados e os coordenam através de um centro de comando unido.– Se for tomada a decisão sobre uma mudança qualitativa do tipo de armas (a entregar), então iremos discutir isso com os países que apoiam a oposição moderada síria – acrescentou.
– O Reino continuará a apoiar a oposição síria moderada até que o povo sírio obtenha os seus direitos – disse Asiri.
Ao mesmo tempo, o país convidou os seus aliados para manobras militares que começaram no domingo na região norte da Arábia Saudita, perto da fronteira com o Iraque, e incluem tropas terrestres e as forças aéreas do Egito, Sudão, Jordânia, bem como de uma série de outros países árabes. No entanto, o assessor do Ministério da Defesa saudita disse que “estes exercícios não visam qualquer operação militar específica”.
Na última semana, Riad já havia afirmado estar pronta para posicionar tropas no terreno na Síria para combater o grupo jihadista Daesh (Estado Islâmico).
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