Rio de Janeiro, 11 de Junho de 2025

Relatório da PF revela intenção de assassinar Lula e aplicar o golpe

Relatório da Polícia Federal aponta plano de assassinato de Lula e golpe de Estado, com gravações de agentes discutindo a situação até a posse do presidente.

Sexta, 16 de Maio de 2025 às 19:26, por: CdB

De acordo com o inquérito, o agente da PF Wladimir Matos Soares relata que o plano ainda estava “de pé” até 28 de dezembro de 2022. Soares conversa com um aliado em 29 de dezembro de 2022, apenas três dias antes da posse de Lula.

Por Redação – de Brasília

A face mais violenta do golpe de Estado fracassado no 8 de Janeiro tomou forma, nas investigações da Polícia Federal (PF) encaminhadas ao Supremo Tribunal Federal (STF) com as gravações obtidas em interceptações telefônicas autorizadas pela Justiça. Segundo relatório da PF, a tentativa de ruptura do sistema democrático brasileiro estava ativa até a antevéspera da posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

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De acordo com o inquérito, o agente da PF Wladimir Matos Soares relata que o plano ainda estava “de pé” até 28 de dezembro de 2022. Soares conversa com um aliado em 29 de dezembro de 2022, apenas três dias antes da posse de Lula.

Na gravação, o policial lamenta o recuo de Jair Bolsonaro (PL).

— O presidente vai dar para trás — disse.

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Articulações

O interlocutor, não identificado, então questiona: “em quê?”, ao que o policial responde: “vai fugir!”. Até aquele momento, a informação de que Bolsonaro embarcaria para os EUA era sigilosa. A fuga citada, no entanto, realmente ocorre dois dias depois, em 30 de dezembro.

Segundo o agente federal, Michelle Bolsonaro já havia deixado o país no dia anterior: 

— Michelle foi ontem — revelou o golpista bem informado.

As gravações elucidam, ainda, a articulação estruturada para o assassinato de autoridades, como o presidente Lula (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. O planejamento dos atos criminosos, segundo os áudios, ocorre dentro da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), sob o comando, à época, de Alexandre Ramagem, hoje deputado pelo PL do Rio de Janeiro.

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