Rio de Janeiro, 18 de Novembro de 2024

Policiais franceses e refugiados entram em confronto

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Segunda, 09 de Novembro de 2015 às 10:08, por: CdB
Por Redação, com ABr - de Paris/Berlim: Cerca de 16 policiais ficaram feridos durante a noite de domingo em confrontos ocorridos com refugiados, em um acampamento próximo ao porto da cidade francesa de Calais, anunciou a prefeitura da cidade. – Por volta das 23h (20h em Brasília) de domingo, vários grupos de migrantes, cerca de 200, tentaram atrasar e bloquear o tráfico em uma via da região portuária de Calais – disse o porta-voz da prefeitura da cidade francesa, onde fica o canal rodoviário e ferroviário da Mancha, que liga a França à Inglaterra. De acordo com o porta-voz, “os imigrantes (…) atiraram vários objetos sobre o acesso viário” e os policiais tiveram de usar gás lacrimogênio para conter as pessoas.
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Cerca de 16 policiais ficaram feridos durante a noite de domingo em confrontos ocorridos com refugiados
A situação ficou calma por volta da 01h (22h em Brasília), informou a prefeitura de Calais. As pedras jogadas pelos migrantes provocaram ferimentos leves em alguns policiais no local. Segundo uma fonte policial, as forças de segurança utilizaram cerca de 300 granadas de gás lacrimogênio. – Estamos preocupados, se algum dia acontecer uma revolta no campo, vai ser uma loucura – afirmou Gilles Debove, responsável local de um sindicato da polícia, lembrando que esta foi a primeira vez que ocorreu violência contra policiais. Cerca de 6 mil migrantes, originários da África Oriental, Oriente Médio e Afeganistão,  estão amontoados em condições muito precárias em uma espécie de bairro da lata situado a uma hora a pé do centro de Calais. Os imigrantes têm a esperança de entrar clandestinamente na Inglaterra, mas o acesso ao túnel que atravessa o Canal da Mancha tornou-se extremamente difícil, depois que a segurança no local foi reforçada. Crise migratória Croatas foram às urnas no domingo nas primeiras eleições parlamentares desde que o país se tornou membro da União Europeia (UE), em 2013. De acordo com projeções preliminares, o partido conservador União Democrática da Croácia (HDZ) e aliados da oposição está em vantagem em relação à coligação de centro-esquerda, liderada pelo Partido Social-Democrata (SPD), atualmente no poder. O partido "Most", fundado em 2012, ficar com o terceiro lugar. Analistas preveem que o descontentamento popular com a situação econômica do país dê vantagem à HDZ. O partido diverge da política de refugiados adotada pelo governo croata. Os conservadores defendem a construção de cercas nas fronteiras do país para impedir a entrada de requerentes de asilo e uso de força militar. Já o SPD tem uma política mais aberta. Desde setembro, cerca de 350 mil refugiados atravessaram o território croata em direção, principalmente, à Alemanha e Áustria depois que a Hungria construiu um muro na fronteira com a Sérvia. Alemanha A Alemanha precisa enviar uma mensagem ao mundo que está chegando ao limite da sua capacidade de ajudar a Europa a lidar com o fluxo de imigrantes, disse o ministro alemão de Finanças, Wolfgang Schaeuble, no domingo, defendendo restringir a reunião de famílias de refugiados sírios. A Alemanha tornou-se um imã de pessoas fugindo da guerra e da violência no Oriente Médio. Espera a chegada de 800 mil a um milhão de refugiados e imigrantes neste ano, duas vezes mais que ano passado. – Precisamos enviar uma mensagem clara para o mundo: estamos muito preparados para ajudar, mostramos que estamos, mas nossas possibilidades também são limitadas – disse Schaeuble, em entrevista à emissora de televisão ARD. O ritmo e a escala do fluxo pressionam comunidades locais e abriram um racha entre os partidos da coalizão governista sobre a melhor maneira de lidar com a crise. As divisões foram reabertas durante o final de semana, depois que o ministro do Interior, Thomas de Maiziere, dizer que, no futuro, refugiados sírios receberiam um status diferente de refugiado e não poderiam receber membros das suas famílias, em um comunicado que ele, posteriormente, retirou. Os Social Democratas (SPD), que dividem o poder com a chanceler conservadora Angela Merkel, rejeitaram essa proposta. Schaueble, no entanto, apoiou a medida e disse que a proposta está sendo examinada em detalhes pelo governo. – Eu acho que é uma decisão necessária e sou muito a favor de concordarmos com isso dentro da coalizão – disse.   Protesto contra refugiados Cerca de cinco mil apoiadores do partido eurocético Alternativa para a Alemanha (AfD) foram às ruas de Berlim no último sábado protestar contra a política alemã de acolhida a refugiados e pedir a saída da chanceler federal, Angela Merkel, do cargo. Durante a marcha conduzida pela líder da legenda, Frauke Petry, e Alexander Gauland, ex-político da União Democrata Cristã (CDU), partido Merkel, os manifestantes gritaram "Merkel tem que sair", "Imprensa mentirosa" e "Nós somos o povo", frase utilizada nas marchas do movimento Pegida (sigla em alemão para "Patriotas europeus contra a islamização do Ocidente"). Membros de grupos neonazistas também participaram do protesto. Os manifestantes querem que os políticos alemães imponham um limite de entrada de requerentes de asilo no país. A expectativa é que o país receba 800 mil solicitações até o final do ano. Um contraprotesto em frente ao Portão de Brandemburgo reuniu cerca de 800 pessoas. Houve confronto entre a polícia e manifestantes de esquerda que tentaram furar o bloqueio policial para impedir a passagem dos participantes da marcha do AfD. Os agentes usaram cassetetes e spray de pimenta.
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