Rio de Janeiro, 09 de Dezembro de 2024

EUA: petróleo do EI acaba nas mãos do regime de Assad

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Sexta, 11 de Dezembro de 2015 às 10:30, por: CdB

Parte do petróleo produzido pelos jihadistas é consumida internamente nas áreas controladas pelo grupo

Por Redação, com agências internacionais - de Beirute: As autoridades norte-americanas calculam que a organização extremista "Estado Islâmico" (EI) tenha arrecadado mais de US$ 500 milhões através da venda de petróleo no mercado negro. Grande parte disso teria ido parar nas mãos do regime do presidente sírio Bashar al-Assad, afirmou Adam Szubin, do departamento do Tesouro norte-americano, que atua como subsecretário para o Terrorismo e Crimes Financeiros. Numa das mais detalhadas explicações públicas do comércio de petróleo promovido pela organização terrorista, Szubin contou que os jihadistas arrecadam US$ 40 milhões por mês com caminhões-tanque que vão além das frentes de batalha da guerra civil na Síria. – O EI vende grande parte desse petróleo ao regime de Assad – afirmou Szubin. "Ambos se esforçam para eliminar um ao outro, e ainda assim, estão envolvidos em um comércio de milhões e milhões de dólares."
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Autoridades norte-americanas afirmam que grande parte da produção petrolífera do "Estado Islâmico" é vendida ao governo da Síria
Parte do petróleo produzido pelos jihadistas é consumida internamente nas áreas controladas pelo grupo, enquanto outra parcela da produção chega até as regiões curdas ou à Turquia, afirmou a autoridade do Tesouro dos EUA. Além dos mais de US$ 500 milhões obtidos com as vendas de petróleo, os rendimentos do EI advêm de saques a bancos nos territórios que ocupam e da prática de extorsões. – Atacamos essas duas frentes: a habilidade do EI de gerar renda e de utilizar esses rendimentos – explicou Szubin. "Recentemente, a coalizão lançou uma nova campanha militar que inclui ataques de precisão a bens essenciais de energia do EI, como campos de petróleo, refinarias e caminhões-tanque", contou. EUA eliminam "ministro das Finanças" do EI Abu Salah, considerado a principal autoridade financeira da organização extremista, foi morto em um ataque aéreo liderado pelos Estados Unidos. Autoridades americanas informaram que, além dele, dois outros membros do alto escalão do EI morreram em ataques aéreos no Iraque e na Síria, no mês passado. Salah era "um dos membros mais proeminentes e experientes da rede financeira do EI e vinha como um legado da Al Qaeda", afirmou o coronel Steve Warren, porta-voz das Forças Armadas americanas. "Sua morte e a de seus antecessores esgota o conhecimento e talento necessários para coordenar o financiamento da organização." Os outros dois membros foram identificados como Abu Mariam, que liderava as redes de extorsão do EI, e Abu Waqman al-Tunis, que seria uma autoridade executiva do grupo.

Ataque

Pelo menos 22 pessoas foram mortas por três caminhões-bomba em uma cidade controlada por curdos na Síria, informou o Observatório Sírio para os Direitos Humanos nesta sexta-feira. De acordo com o Observatório, é provável que o número de mortos em decorrência dos ataques de quinta-feira em Tel Tamer aumente. A cidade na província de Hasaska é controlada pela milícia curda YPG, que está em confronto contra o Estado Islâmico com apoio de ataques aéreos liderados pelos Estados Unidos. O Observatório disse que uma das bombas explodiu próximo a um centro de saúde, e outra perto de um mercado. O grupo monitor disse que houve "informação confirmada" sobre mortes entre forças de seguranças internas curdas, conhecidas como Asayish. Autoridades das Asayish não estavam disponíveis de imediato para comentários. A milícia YPG se tornou um dos parceiros mais ativos em solo sírio para a aliança liderada pelos EUA. Em outubro, se tornou parte de uma nova aliança apoiada pelos EUA chamada Forças Democráticas da Síria.  
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