Rio de Janeiro, 17 de Janeiro de 2025

Alemanha diz que imigrantes não podem escolher onde morar

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Domingo, 13 de Setembro de 2015 às 08:14, por: CdB
Por Redação, com Reuters - de Berlim/Munique: O Ministro do Interior da Alemanha, Thomas de Maiziere, disse que os refugiados indo para a Europa não devem poder escolher onde permanecer, enquanto autoridades dizem que milhares estavam cruzando o continente neste domingo. A Alemanha, maior e mais rica economia europeia, tem sido um polo para muitas pessoas que deixam a guerra e a pobreza na Síria e em outras partes do Oriente Médio e África. A polícia informou que cerca de 13 mil imigrantes chegaram somente em Munique no sábado, e outros 1,4 mil na manhã deste domingo.
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O Ministro do Interior da Alemanha, Thomas de Maiziere, disse que os refugiados indo para a Europa não devem poder escolher onde permanecer
Em entrevista ao jornal alemão Der Tagesspiegel, de Maiziere disse que os refugiados que recebem proteção da Europa devem aceitar que serão distribuídos pelo bloco. - Não podemos permitir que os refugiados escolham livremente onde eles querem ficar, não é assim em nenhum outro lugar do mundo - disse ele. - Também não pode ser nosso dever pagar os benefícios que estão na lei alemã para refugiados que foram alocados em um país da União Europeia e que vêm para a Alemanha mesmo assim - acrescentou ele. Ministros do Interior dos 28 países membros da UE se reunirão em Bruxelas nesta segunda-feira para discutir propostas da Comissão executiva da UE para redistribuir cerca de 160 mil pessoas em busca de asilo pelo bloco. Autoridades da Áustria disseram estar esperando milhares de novas chegadas neste domingo. Deportações nazistas O chanceler austríaco, Werner Faymann, criticou a Hungria pela maneira como o país está lidando com a crise de refugiados. As críticas foram feitas em uma entrevista a uma revista alemã publicada no sábado, comparando as políticas do primeiro-ministro Viktor Orban àquelas usadas pelos nazistas durante o Holocausto. - Entulhar refugiados em trens e mandá-los para outro lugar completamente diferente de onde eles pensam que estão indo é algo que nos remete ao momento mais sombrio da história do nosso continente - disse Faymann à Der Spiegel, em referência às deportações praticadas pelos nazistas ao enviar judeus para os campos de concentração. A Hungria repudiou os comentários de Faymann como "totalmente indignos de um líder europeu do século 21" e convocou o embaixador da Áustria. O ministro de Relações Exteriores húngaro, Peter Szijjarto, disse o chanceler austríaco dava continuidade a uma "campanha de mentiras" contra a Hungria por semanas que tornou mais difícil encontrar uma solução europeia comum para a crise. No dia 3 de setembro, imigrantes entraram em um trem em Budapeste crendo que estavam se dirigindo para a fronteira com a Áustria, mas o trem parou 35 quilômetros a oeste da capital, na cidade de Bicske, onde a Hungria possui um campo para os que buscam refúgio. A polícia forçou alguns refugiados a desembarcarem, mas outros se recusaram a deixar o trem, gritando "Não ao campo, não ao campo".    
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